Canais Urbanos da Cidade de Aveiro

Saiba mais sobre os 5 canais urbanos da cidade de Aveiro.

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Filipe

1/23/20253 min ler

Saiba mais sobre os 5 canais urbanos da cidade de Aveiro

A Ria de Aveiro forma cinco canais urbanos na cidade de Aveiro: o Canal Central, o Canal do Côjo, o Canal das Pirâmides e os canais de São Roque e dos Santos Mártires (também conhecido por Canal do Paraíso).

Estes são sobretudo utilizados para fins turísticos, através de passeios em embarcações tradicionais, onde se destaca o moliceiro. Estes passeios fluviais, com uma duração de cerca de 45 minutos, permitem conhecer alguns dos principais pontos de interesse e monumentos da cidade.

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O Canal Central da Ria de Aveiro percorre o centro da baixa da cidade, desde o Jardim do Rossio, passando pela zona central da cidade, local de chegada de milhares de visitantes. O Canal Central era a via marítima principal e fronteira de outrora do município, dividindo a cidade em duas áreas. De um lado Vera Cruz, berço dos “cagaréus”, aqueles que nasciam na beira-mar; de outro, a Glória, zona dos “ceboleiros”, pelo facto de a terra deste lado ter sido mais arável para os campos de cebolas.

Hoje essa divisão não existe mais, sendo o Canal Central apenas uma linha entre os dois lados, no horizonte de uma cidade que gosta de se reinventar, mantendo a tradição como ponto de partida para o futuro.

É nesta linha de Ria que se vislumbra a riqueza dos edifícios de Arte Nova (início do século XX), como o próprio Museu de Arte Nova e a Casa de Chá, símbolos claros de como a cidade se mostrou recetiva à inovação e à modernidade. São edifícios que imprimem na cidade elegância e harmonia, rendilhando a paisagem com ferro forjado, pedra articulada, esculpida e janelas simétricas, que sustentam a geometricidade de Aveiro.

O Canal do Côjo, outrora Ribeira das Azenhas, face ao grande número destes engenhos que se concentravam nas suas margens, deu nome à fábrica aí fundada em 1775, a Fábrica do Côjo. Uma espécie de parente do Canal Central, pela evidente ligação, impõe-se o imponente edifício da Antiga Capitania, hoje sede da Assembleia Municipal, edificado no leito da Ria. Este é um canal acompanhado de pequenas pontes (como é o exemplo da ponte da amizade, hoje local emblemático da cidade) que fazem a ligação de um lado ao outro, assim como de passeios por onde caminham, descontraidamente os aveirenses.
Esta é também a zona comercial do Fórum Aveiro, e ponto de acesso à zona central da cidade, uma vez que no final deste eixo hidroviário se encontra a antiga Fábrica de Cerâmica Campos, hoje reabilitada como Centro de Congressos de Aveiro.

O Canal das Pirâmides, do início do século XIX, prolonga-se desde a zona da antiga Lota de Aveiro até ao Canal Central. Ao longo deste, a paisagem estival caracteriza-se pelas centenas de pequenas pirâmides brancas de sal, uma das imagens mais representativas da fisionomia da região. Ficou assim conhecido devido aos pináculos existentes à entrada do canal, junto às eclusas, numa evidente alusão à forma geométrica que predomina na paisagem durante o verão: o sal.

No Canal de São Roque (cerca de 2 quilómetros de extensão) pode-se apreciar o Bairro da Beira-Mar, onde se encontravam os armazéns de sal. Recentemente reabilitada, esta zona está equipada com infraestruturas que promovem e dão suporte aos passeios pedonais e de bicicleta. Este é um dos canais mais fortografados. A ligação entre as duas margens é feita pela emblemática ponte de Carcavelos (1953), também conhecida como ponte dos namorados, pelo facto de ser local privilegiado para se contemplar o pôr-do-sol.

Em direção à Ria, é inevitável não perceber a imponente ponte pedonal circular, mais conhecida por Ponte do Abraço ou Ponte do Laço (2006), que liga as quatro margens dos dois canais, São Roque e Botirões, unindo o Canal da Praça do Peixe ao Canal de São Roque, que engloba as margens dos Cais dos Mercantéis e do Cais dos Botirões.

O Canal do Paraíso, canal menos procurado e visitado não deixe de ter a sua magia e que vale sempre a pena a sua visita. Aqui está situado o Cais dos Moliceiros, que termina na zona envolvente da Fábrica Centro de Ciência Viva.

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